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20/11/2019 20/11/2019 13h10m

Projeto Urbanista Mirim busca criar relação entre crianças e a cidade de Santa Maria


Iplan e Sesc fizeram passeio com alunos do Sesquinho pelo Parque Itaimbé, pela Vila Belga e pela Gare na manhã desta quarta (20). Dados devem orientar planejamento urbanístico do Município

Servidores do Instituto de Planejamento (Iplan) fizeram um passeio com alunos da Escola de Educação Infantil Sesquinho por alguns pontos conhecidos do Município na manhã desta quarta-feira (20). A atividade fez parte do Projeto Urbanista Mirim, que busca estreitar laços entre as crianças e a cidade de Santa Maria.

Durante a caminhada, o presidente do Iplan, Daniel Pereyron, interpretou o Bino, um italiano que carrega uma mala por toda Santa Maria atrás de um trem que o leve de volta para casa.

O passeio com cerca de 20 crianças, de idades entre 3 e 6 anos, começou pelo Parque Itaimbé, onde Bino pedia orientações para os pequenos sobre onde ele poderia pegar o trem para poder rever sua mãe, de quem sentia muita falta. Sensibilizamos pelo drama do "estrangeiro", as crianças tentavam ajudar apontando indicações de onde achavam que estaria a locomotiva. Conforme andava pelo parque, seguindo os palpites dos alunos, Bino ia contando um pouco da história de Santa Maria. Primeiro, da lenda do amor entre a índia Imembuí e do bandeirante português Rodrigues, que, depois, passou a se chamar Morotin. Depois, contou a história da Vila Belga, dando ênfase ao histórico ferroviária de Santa Maria. Por último, na Gare, onde Bino pôde, enfim, pegar o trem que tanto procurava.

De acordo com a arquiteta Maria Paula Zanini, do Iplan, existe a necessidade de aproximar as crianças da cidade, razão de ser da atividade.

“É uma necessidade saber o que funciona e o que não funciona na cidade. Queremos saber como a criança percebe a cidade. Aprender a identificar um mapa, lê-lo e interpretá-lo é algo que faz parte do aspecto técnico, que também integra o projeto, mas a questão é muito mais social. Estamos buscando, junto às crianças, que tipo de locais tem mais apelo. Esses dados devem orientar, futuramente, questões de urbanismo e planejamento urbano”, explica.

Pereyron, ou o italiano Bino, sinaliza que isso é importante porque as cidades, hoje, são organizadas sem pensar nas crianças.

“Se você quer saber o que uma cidade precisa, o que é mais importante, basta conversar com uma criança. Uma casa, uma escola, um posto de saúde, um hospital, um parque, lugares para passear, para brincar. Queremos saber mais sobre isso. Se tivermos bons lugares, que acolham quem mora em Santa Maria, acreditamos que podemos construir uma cidade muito melhor”, conta Pereyron.

O projeto faz parte do Plano Diretor, dentro, ainda, do Cidade Amiga das Crianças. O Sesquinho é a primeira escola que recebeu os servidores do Iplan, que começaram o trabalho há cerca de dois meses com cinco turmas de Educação Infantil, sempre com a supervisão de professores. Fora os passeios, há atividades nas salas de aula, semanais, com os alunos. Entre as tarefas para as crianças, estão desde identificar coisas que despertaram suas curiosidades no caminho de casa até a escola, até dizer o que mais gostam de fazer, na cidade, com o seu tempo livre ou ver em fotografias o que mais acham interessante.

A ideia é que o projeto se estenda para escolas municipais.

Texto: João Pedro Lamas (Mtb 17688)
Fotos: João Alves (Mtb: 17.922)
Superintendência de Comunicação
Prefeitura Municipal de Santa Maria

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