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20/10/2022 20/10/2022 17h00m
Santa Maria ganha primeira termoelétrica movida a biogás da região central do Rio Grande do Sul
Além de gerar mais empregos, novo empreendimento ligado à Companhia Riograndense de Valorização de Resíduos (CRVR) transforma o lixo urbano em energia limpa e renovável
Representantes da Prefeitura de Santa Maria acompanharam a inauguração oficial da nova unidade da Biotérmica Energia S.A, primeira termoelétrica movida a biogás a atuar na região central do Estado. A solenidade ocorreu na manhã desta quinta-feira (20), na sede da chamada Unidade de Valorização Sustentável (UVS), no distrito de Santo Antão. A sede fica junto ao aterro sanitário da Companhia Riograndense de Valorização de Resíduos (CRVR), que possui contrato com a Prefeitura de Santa Maria e com mais 38 municípios do entorno para o recebimento de resíduos sólidos urbanos, entre os quais está, principalmente, o lixo doméstico.
O trabalho da UVS é complementar ao do aterro. A CRVR recebe os resíduos e distribui no terreno, de forma que o solo e a água fiquem preservados de qualquer contaminação. O material orgânico se decompõe e inicia a geração de biogás (mistura de gás metano e gás carbônico). Depois de passar por um processo de purificação, o gás, agora, somente o metano, abastece os motores à combustão que geram energia elétrica. A energia elétrica é comercializada no mercado.
O prefeito em exercício Rodrigo Decimo foi um dos convidados a falar na cerimônia. Para ele, a Biotérmica Energia S.A representa um novo olhar sobre o futuro do meio ambiente, pois alia a destinação correta dos resíduos sólidos com a geração de energia limpa, de emprego e de renda.
“Fico muito feliz em ver esse investimento na nossa cidade. Além de desenvolvimento econômico, com uma grande empresa ampliando os negócios na região, temos a preservação do meio ambiente, que é uma pauta cada vez mais necessária e importante”, afirmou Decimo.
De acordo com a assessoria de comunicação da empresa, o investimento da UVS de Santa Maria é de R$ 7,5 milhões, com 25 empregos diretos criados. A projeção é que, em um ano, sejam destruídos cerca de 4 milhões de metros cúbicos de gás metano, um dos poluentes causadores do efeito estufa. Ainda de acordo com a empresa, a energia gerada na UVS de Santa Maria é capaz de abastecer uma cidade de 15 mil habitantes.
MAIS INVESTIMENTOS
O diretor-presidente da CRVR, Leomyr Girondi, aproveitou a ocasião para anunciar outros investimentos em Santa Maria. A partir de 2023, a empresa vai concluir a instalação de uma planta de tratamento de efluente, para melhorar o aproveitamento das águas residuais, e, além disso, uma planta de triagem que, segundo Girondi, vai gerar 50 empregos diretos. Em todo o Rio Grande do Sul, a empresa estima R$ 1 bilhão para a ampliação e qualificação da estrutura nos próximos cinco anos.
“Estamos falando de uma energia verde e estável, cada vez mais disputada no mercado. Queremos participar desse processo de desenvolvimento de Santa Maria e região”, ressaltou o diretor-presidente.
As cidades de Victor Graeff e Giruá também oferecem a tecnologia da Biotérmica Energia S.A com novas Unidades de Valorização Sustentável. São Leopoldo é o próximo município a ganhar uma UVS, em 2023.
Além de Decimo, representaram a Prefeitura na ocasião o secretário de Meio Ambiente, Guilherme Rocha, o secretário de Infraestrutura e Serviços Públicos, Wagner da Rosa, o chefe de gabinete do Prefeito, Alexandre Lima, o chefe de gabinete do Vice-prefeito, Álvaro Barreto Lisboa, o engenheiro civil Ivan Beuter Nazaroff, e a gestora do Parque Natural Municipal dos Morros (PNMM), Marina Deon Ferrarese.
“É mais uma etapa do aterro que é concluída. O aproveitamento dos resíduos vai gerar um impacto muito positivo para Santa Maria e região”, comentou o secretário de Meio Ambiente, Guilherme Rocha.
O licenciamento da UVS ficou à cargo da Fundação Estadual de Proteção Ambiental (Fepam).
Texto e fotos: Rafael Favero (Mtb: 20.291)
Secretaria Extraordinária de Comunicação
Prefeitura Municipal de Santa Maria
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