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04/09/2013 04/09/2013 18h13m

Fábrica Cyrilla voltará a funcionar em 2014, com produção de bebidas e museu interativo aberto ao público


A centenária Fábrica Cyrilla de Bebidas, fechada desde 2008, faz parte da história de Santa Maria e do imaginário da população. Por muitas décadas, a empresa do Bairro Itararé produziu refrigerantes tradicionais como o “Guaraná Cyrilla” e a “Cyrillinha”, fabricada com a essência da casca da laranja. Adquirida pelos empresários santa-marienses José Antônio Saccol, Luiz Antônio Marquezan Bagolin e Lairton Padoin, a fábrica deverá reabrir as portas no final do próximo ano, com muitas novidades. Além de retomar a produção, será restaurada e deverá agregar um museu interativo.

O projeto do Ecomuseu, como é denominado, foi apresentado na manhã desta quarta-feira (4) ao prefeito Cezar Schirmer, pela museóloga e historiadora da Universidade Federal da Bahia (UFBA), Heloisa Helena Costa, que acompanhou os empresários na audiência com o chefe do Executivo. “Será um resgate da memória da cidade e um grande atrativo turístico”, exaltou Schirmer. A museóloga, que também é especialista em Gestão de Cidades Históricas, explica que o museu faz parte do projeto de revitalização da Fábrica Cyrilla, que é um patrimônio histórico e cultural da cidade.

A especialista explica que a ideia do projeto, que conta com a parceria da Prefeitura de Santa Maria, é valorizar o patrimônio como um atrativo turístico, criando um pequeno museu e recuperando as instalações da fábrica, para ela voltar a produzir as bebidas características, em especial a Cyrillinha. Heloisa acrescenta que o museu seguirá a tendência de revitalização das cidades. “Compreendendo a importância do passado histórico para poder construir um futuro com mais qualidade. É isto que estes empresários bastante inovadores compreendem esta necessidade de se buscar as raízes”, ressalta Heloisa.

Ecomuseu: interativo, lúdico e autossustentável

A especialista da UFBA explica ainda que o Ecomuseu deverá ser uma estrutura que se autossustente e proporcione informação qualitativa ao público, dentro de um aspecto lúdico. Neste sentido, o Museu da Cyrilla terá, entre outros atrativos, uma linha do tempo interativa, situando o visitante no contexto da história da fábrica. “A ideia é misturar a história da fábrica com a história do município”, antecipa Heloísa.

O público que visitar o local também terá contato com os processos tecnológicos, dos mais antigos aos mais modernos. As atrações serão voltadas à visitação das famílias, com jogos em que adultos e crianças possam interagir. Mas um dos pontos altos, antecipa Heloísa, será a atividade em que as crianças aprendem a encher a sua própria garrafinha de refrigerante, colocando rótulo e tampa para levar para casa.

O projeto do Ecomuseu da Fábrica Cyrilla, que também conta com a participação da Universidade Federal de Santa Maria (UFSM), já está em andamento com a limpeza, recuperação e restauração de equipamentos e objetos, que farão parte da coleção a ser exposta no museu. “A ideia é que até o final de 2014 ele já esteja aberto ao público”, assegura a pesquisadora.

 

 

Texto: Jorn. Vera Jacques
Fotos: João Vilnei
 

 

 

 

 


Texto: Jorn. Vera Jacques
Fotos: João Vilnei

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