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26/07/2023 26/07/2023 17h07m
Julho Amarelo: Campanha de conscientização ao mês contra as hepatites virais ocorre no Município
Os testes são gratuitos, rápidos e ofertados pelo Sistema Único de Saúde (SUS). As hepatites virais são doenças silenciosas e por vezes não manifestam sintomas, dificultando a procura por tratamento
A Prefeitura, por meio da Secretaria de Saúde, promove iniciativa em alusão ao “Julho Amarelo”, mês de luta contra as hepatites virais. A ação vai ofertar testagem gratuita à população santa-mariense nesta sexta-feira (28), das 9h às 12h, na Praça CEU Sandra Feltrin (Avenida Mallmann Filho), no Bairro Nova Santa Marta.
A ação, é coordenada pela Política HIV/AIDS/ISTs e Hepatites Virais em parceria com a ESF Nova Santa Marta. No local serão realizados testes para Infecções Sexualmente Transmissíveis (ISTs), distribuição de autotestes do HIV, prescrição das profilaxias pré e pós-exposição ao HIV, distribuição de insumos (preservativos, gel lubrificante) e também material informativo. O objetivo é conscientizar a população sobre a importância de realizar a testagem a cada 6 meses ou, pelo menos, anualmente.
JULHO AMARELO
As infecções por hepatite podem atingir o fígado, podendo causar alterações leves, moderadas ou graves. Na maior parte das vezes, as hepatites não manifestam sintomas, dificultando a identificação da infecção. Quando manifestos, os sintomas podem ser: cansaço, febre, mal-estar, tontura, enjoo, vômitos, dor abdominal, pele e olhos amarelados, urina escura e fezes claras. Existem ainda, diversos tipos de hepatites, sendo: A, B, C, D, E.
No Brasil, as hepatites B e C são as mais comuns, o seu diagnóstico pode ser feito a partir de testes rápidos, com coleta de sangue, o resultado fica pronto em 15 minutos. No Município, todas as Unidades Básicas de Saúde (UBSs) realizam a testagem rápida para HIV, Sífilis, Hepatite B e C. Outra opção oferecida é a Casa 13 de Maio (Rua Riachuelo, 364 – Centro), onde além dos testes, são realizados tratamentos e acompanhamentos aos pacientes.
TIPOS DE HEPATITE
A hepatite A é transmitida pelo contato das fezes com a boca, por intermédio de água e alimentos contaminados, por exemplo, bem como pelo contato sexual. O diagnóstico é realizado por exame de sangue. Não há nenhum tratamento específico, sendo a vacina a principal medida de prevenção contra a hepatite A, assim como a correta higiene das mãos, alimentos e uso de preservativo na relação sexual.
No caso da hepatite B, pode ser transmitida da mãe para o filho durante a gestação ou durante o parto (devido a isso a realização do pré natal é essencial), contato direto com o sangue e secreções de uma pessoa contaminada, relações sexuais desprotegidas e compartilhamento de objetos de higiene pessoal pérfuro-cortantes como lâminas de barbear ou depilar e instrumentos de manicure/pedicure/tatuagem/piercing não esterilizados corretamente. A hepatite B não tem cura, porém o tratamento disponibilizado no SUS tem a intenção de reduzir o risco de agravamento e complicações da doença. A principal forma de prevenção da infecção pelo vírus da hepatite B é a vacina.
Já a hepatite C, é transmitida principalmente pelo contato com sangue contaminado, pelo compartilhamento de agulhas, seringas e outros objetos para uso de drogas (cachimbos), falha de esterilização de equipamentos pérfuro-cortantes, como de manicure/pedicure/tatuagem/piercing ou até médicos e odontológicos, assim como por relações sexuais e desprotegidas e de mãe para filho, em que estes dois últimos são menos comuns. A hepatite C tem cura, e seu tratamento com antirretrovirais é disponibilizado pelo SUS.
No entanto, as hepatites D e E, nos últimos anos em Santa Maria foram menos frequentes. A primeira está ligada à presença do vírus da hepatite B, já a hepatite E tem transmissão via fecal-oral.
Em Santa Maria, em 2023, entre Janeiro e Junho, foram identificados 12 novos casos de Hepatite A, 4 de Hepatite B e 21 de Hepatite C. Estes dados servem como um alerta à população, somando-se ao fato de que a hepatite é uma doença silenciosa, geralmente não tendo a presença de sintomas. O avanço da infecção compromete o fígado sendo causa de fibrose avançada ou de cirrose, que podem levar ao desenvolvimento de câncer e necessidade de transplante do órgão. A orientação é de que sejam realizados os testes rápidos de seis em seis meses ou, pelo menos, anualmente. Todos eles são disponibilizados gratuitamente pelo Sistema Único de Saúde (SUS).
Texto: Tatiane Paumam (estagiária do curso de Jornalismo da UFSM)
Arte: Gibran Carrazzoni / Prefeitura
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Prefeitura Municipal de Santa Maria