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26/08/2025 27/08/2025 10h37m
Prefeitura retoma demolições de imóveis desabitados nos arredores do Morro do Cechella

As casas pertenciam a antigos moradores que já tinham sido beneficiados por programas habitacionais da Prefeitura
A Prefeitura de Santa Maria retomou, na manhã desta terça-feira (26), as demolições de residências desabitadas na Vila Canário, região norte do Morro do Cechella, Bairro Itararé. A força-tarefa prevê a demolição de mais de 90 imóveis já desocupados. A força-tarefa inclui a Vila Nossa Senhora Aparecida (também conhecida como Churupa, sudeste do Morro do Cechella), onde foram mapeados outros 63 imóveis desocupados para demolição. As ações também se fazem necessárias para coibir a reocupação irregular.
Todas as residências estão em condição de ruínas e pertenciam a antigos moradores já contemplados por políticas habitacionais do Município. Na primeira intervenção, em julho, 37 imóveis foram demolidos em três dias. Desde então, seis famílias que não tinham formalizado a saída da Vila Canário atenderam ao chamado e foram cadastradas nos programas habitacionais e encaminhadas para o MCMVR.
A iniciativa decorre dos impactos das chuvas históricas que assolaram o Município em abril e maio de 2024, quando um deslizamento de terra na Vila Canário vitimou duas pessoas. Desde então, o Executivo atua para prover moradia provisória e definitiva às famílias atingidas, contemplando mais de 400 famílias com as políticas habitacionais Aluguel Social e Compra Assistida.
A ação integrada mobiliza equipes das secretarias de Habitação e Regularização Fundiária, de Meio Ambiente, de Desenvolvimento Rural e de Infraestrutura e Mobilidade, além da Guarda Municipal, vinculada à Secretaria de Segurança e Ordem Pública, e da Defesa Civil, da Secretaria de Resiliência Climática e Relações Comunitárias.
“A Prefeitura segue à disposição para atender os moradores remanescentes das áreas de risco e que ainda não atenderam a orientação de desocupar estes locais. Trabalhamos incansavelmente, desde maio de 2024, para oferecer um local seguro às famílias que aqui residiam. A adesão da comunidade ilustra que estamos no caminho certo. Afinal, só na Vila Canário, cerca de 90% das famílias já residem em um local seguro e autorizaram as demolições de suas casas” explica o secretário de Habitação e Regularização Fundiária, Wagner Bitencourt.
CHUVAS DE MAIO
A precipitação acumulada em Santa Maria entre 25 de abril até 31 de maio de 2024 foi de 835,8 mm, o equivalente a quase 50% da média de chuva anual no Município. Somente em 1º de maio, houve o maior acumulado de chuva em 24 horas da história de Santa Maria. Foram 213,6 mm, superando os 183,9 mm registrados em 16 de abril de 1984 (dados do Cemaden e do Inmet).
Em Santa Maria, a enxurrada atingiu diretamente cerca de 12 mil pessoas, deixando 1,3 mil pessoas desalojadas (em casas de familiares) e quase 300 desabrigadas (acolhidas nos abrigos do Município). Foram cinco óbitos, todos em decorrência de deslizamentos de terra, sendo três no distrito de Arroio Grande e dois na Vila Canário, Bairro Itararé. (Dados de 30 de abril a 17 de maio. Fonte: Defesa Civil Municipal).
Texto: Lenon de Paula (MTb: 18.763)
Fotos: João Vilnei (Mtb: 18.086)
Secretaria de Comunicação
Prefeitura Municipal de Santa Maria